Nos últimos dias o consumo de internet disparou. 

A pandemia de COVID-19 está a afetar toda a sociedade e as operadoras de telecomunicações à volta do mundo estão a tomar medidas de solidariedade digital.

Com as escolas fechadas e milhões de portugueses em teletrabalho, o tráfego de internet disparou.

Face ao cenário atual da saúde pública, que impôs um conjunto de medidas de isolamento e teletrabalho, a Altice Portugal tem vindo a registar um aumento muito significativo de tráfego na rede fixa de internet e em especial na utilização de OTT”, ou seja, serviços “over-the-top” como o o Netflix, detalhou fonte oficial da Meo ao Jornal de Negócios. 

Em Portugal, a Altice (MEO), a NOS e a Vodafone anunciaram que, a partir de 17 de março, vão oferecer 10GB de dados por causa do COVID-19.

A medida quer permitir aos utilizadores o acesso à Internet fora dos locais de trabalho, já que muitos trabalhadores estão agora em regime de teletrabalho, procurando evitar o contágio em situações de quarentena voluntária.

A Nowo refere que “está a monitorizar ativamente o tráfego de dados na sua rede de banda larga” e confirma “que, como sucede com o resto dos operadores, existe um grande aumento relacionado com a utilização intensiva em virtude das alterações que foram introduzidas por esta crise”. Uma tendência que prevê que se mantenha, e até se intensifique, nos próximos dias, pelo que a “Nowo e a Oni já tomaram medidas de aumento de capacidade na sua rede”.

Cuidado com as aplicações que devoram largura de banda

Quando os recursos são limitados, somos muitas vezes obrigados a fazer escolhas. O que é válido para o acesso à Internet. Se considera que a velocidade do acesso é baixa, tente desativar serviços que não são prioritários. Por exemplo, se precisa de fazer videoconferência por motivos de trabalho, peça aos seus familiares para suspenderem a utilização de serviços que exigem elevadas taxas de transferência (ocupam muita largura de banda).

Os serviços de streaming são especialmente devoradores de largura de banda. Referimo-nos a aplicações como Youtube, Netflix, Hulu, clubes de vídeo online e até serviços de música como o Spotify.

De um outro modo se, numa casa familiar, o Netflix estiver a ser usado num televisor, o Youtube estiver a ser usado num tablet e o Spotify estiver a tocar música num smartphone, é provável que as aplicações de trabalho remoto sejam negativamente afetadas. Há que fazer escolhas.

Maus hábitos

  • Instalar o router Wi-Fi num canto da casa (quanto mais ao centro, melhor será a cobertura por toda a casa e menos acessível será aos vizinhos)
  • Deixar o router Wi-Fi junto de aparelhos elétricos, como o televisor ou o Hi-Fi (mais interferências para afetar o sinal Wi-Fi)
  • Esconder o router numa prateleira ou entre objetos de decoração (também está a “esconder” o WI-Fi)
  • Usar redes Wi-Fi na vizinhança (já pensou que podem ser uma armadilha para lhe roubar informação?)

Com as escolas fechadas e milhões de portugueses em teletrabalho, o tráfego de internet vai continuar a aumentar. E apesar de ainda estarem a perceber este novo padrão de consumo de comunicações dos portugueses, as operadoras garantem que estão a reforçar as redes para não haver qualquer anomalia. 

adaptado da SAPO, J.Negócios e ExameInformática